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sábado, 13 de dezembro de 2008

CAPÍTULO XVI

Mas vamos parar de escrever datas e mais datas, pois não é esse o nosso objetivo. Deixemos as datas para quem entende delas, como a Professora Inez Galdino Peralta e seu excelente "Caminho do Mar".
Também me falta muito, para competir no folclore com Luzia Maltez da Guarda, e seu ótimo "Antologia do Folclore Cubatense", dois dos maiores exemplos de cultura, dentro de Cubatão de hoje, e que podem muito bem representar nossa cidade, no que diz respeito às suas tradições.
São duas cubatenses de fibra e raça, que se propuseram a seguir os passos do saudoso Antônio Simões de Almeida, que conhecia Cubatão e sua história como ninguém!
Parte de seu acervo, compõe o Arquivo Histórico Municipal, ganhando mofo e teias de aranha, esperando a visita do Cubatense, que queira saber mais sobre a nossa cidade, mas que quase não aparece, por não receber incentivo para isso...
Na época do falecimento de Antônio Simões de Almeida, o interesse por seu acervo foi pequeno, tanto que parte dele foi queimado pela viúva, em sinal de protesto.
Quem possui um excelente acervo de documentos sobre terras e proprietários do município, é a Divisão de Cadastro Imobiliário, órgão ligado à Secretaria de Finanças, da Prefeitura Municipal.
Parte do que lá está, são anotações de Benedito Rosalino de Carvalho e Romualdo de Moraes, este último, profundo conhecedor dos "causos" e das verdades de Cubatão e sua história.
Infelizmente seus dados estão ainda em fichário manual, pois nunca houve interesse do Centro de Processamento de Dados da Prefeitura Municipal, em abrir um campo de coleta de dados, para o Cadastro, para se poder preservar o que está nas fichas, em ponto de se perder, com o tempo.
Penso que os conhecimentos de Romualdo de Moraes deveriam ser preservados para a posteridade, assim como os de Benedito Rosalino de Carvalho, José Couto, Estevão da Silva Azevedo e muito outros, que fizeram, com o correr dos anos, a Divisão de Cadastro, da Secretaria de Finanças, se tornar o coração de dados sobre o município, e hoje podem já estar se perdendo, por falta de interesse das administrações passadas, que não viram neste saber, algo de importante e de interesse para o futuro do município, como nós vemos, pelo bem do Serviço Público, e pelo bem do próprio Município.
Quase sempre, os administradores municipais se preocupam com outras coisas, e se esquecem de preservar o já feito. Se o CPD da Prefeitura, hoje não possui um banco para coleta da dados, é porque nunca ninguém se interessou em mandar implantá-lo, embora a Prefeitura possua o maior e mais bem equipado Centro de Processamento de Dados do Município, mas ele é usado para os funcionários preencherem espaços vazios, não para recolher informações extra-formulários, que na maioria das vezes, têm maior importância do que o preenchimento de um simples papel timbrado... E se as informações se perderem em fichários pessoais de papel?
Quase tudo, na Prefeitura de Cubatão, ainda é feito como se fazia em 1949, no tempo do primeiro Prefeito, o Dr. Armando Cunha! Informatizou-se a Prefeitura, mas se "esqueceu" de informatizar o serviço público...

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