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sábado, 13 de dezembro de 2008

CAPÍTULO V

Na festa eleitoral teve também um espetáculo, chamado Rodeio, que pra quem não sabe o que é, eu vou explicar:
- É um punhado de caras, que senta no lombo dum punhado de bois que, anteriormente, levaram um baita puxão nos testículos, e ficam bravos pra chuchu. Pois é... Com essa dor nos Testículos, e com um cara, sentado em seu lombo, não tem boi que não se sinta meio agredido, e começa a saltar, até derrubar o dito cara, que geralmente vai pro chão em menos de oito segundos. Se passar de oito segundos, está classificado pra fazer a besteira novamente. O povo, por sua vez, vaia ou aplaude, de acordo com a cara do sujeito, ou do boi...
Pois é...
Fizeram um desses tais Rodeios, lá na minha terra, no último dia oficial da Campanha Eleitoral para candidatos a prefeito e vereadores em 92...
Prá começar, montaram o tal do Rodeio numa rua tão apertada, que não tinha espaço nem pros bois...
Esqueceram a tal da segurança, e até tiros houve no final do espetáculo...
A festa, que tinha tudo pra ser popular, poderia ter terminado no Cemitério Municipal, por atuação brilhante de dona Incompetência, que distribuiu chapéus exatamente iguais para toda a platéia, dificultando assim a identificação dos vândalos adversários da democracia...
Por falar em Cemitério Municipal...
É lá que acontece, todo ano, no Dia de Finados, a reunião dos moradores e visitantes de minha terra natal...
É um tal de...
- "Há quanto tempo!"
- "Como vão as crianças?"
- "Você sabe o que aconteceu com Fulana?"
- "Fulano? Está ali... na campa de Fulana! Coitado... ainda não se acostumou!"

E o mais "interessante" disso tudo, é que essas conversas "amarelas" ocorrem entre as campas...
E continuando com assunto de Cemitério, tem um administrador público profissional (pois quando não é Prefeito, não é ninguém ), que adora reformar e ampliar o Campo Santo!
Toda vez que assume o cargo de Prefeito, resolve reformar e ampliar a morada daqueles que não votam e nem voltam mais...
Dizem, e eu não duvido, que as tais reformas é para esperar a morte do Funcionalismo Público, que sofre de uma doença crônica, batizada pelo Dr. Clermont, de "Síndrome da Deficiência Do Poder Aquisitivo", provocada pela "Escassez de Reajuste Salarial", que acontece todas as vezes que o dito administrador, assume o cargo, por falta de juízo do povo, que o escolhe...'
O funcionalismo público só não morreu de fome (ainda) por pura teimosia de classe, que sempre consegue uma ajudinha da "cesta básica de alimentos", direito concedido por outro, que adora ser Prefeito de Cuba-de-Então, apesar de nunca ter residido lá, o famoso amigo, Ney Serra.

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